Um registo A liga um nome de domínio a uma morada IPv4. É a resposta devolvida ao navegador para chegar ao servidor certo. Para IPv6 usa-se um registo AAAA. Um registo PTR faz o inverso e associa uma morada IPv4 a um nome.
Um registo A contém um nome, um tipo, um valor e um TTL. O TTL indica durante quanto tempo a resposta pode ficar em cache no resolvedor local.
| Nome | Tipo | Morada IPv4 | TTL (s) |
|---|
| www | A | 203.0.113.10 | 3600 |
Neste exemplo, o nome www é um subdomínio. Para apontar para o ápice usa-se @. O valor deve ser uma morada IPv4 válida e roteável na Internet. Um TTL de 3600 equivale a uma hora.
É possível publicar vários registos A para o mesmo nome. O resolvedor local recebe a lista e escolhe uma morada, distribuindo a carga de forma simples.
| Nome | Tipo | Morada IPv4 | TTL (s) |
|---|
| www | A | 203.0.113.10 | 3600 |
| www | A | 203.0.113.11 | 3600 |
Esta rotação não substitui um failover real: se uma morada falhar, alguns visitantes ainda a podem receber por instantes.
TTL curto torna uma alteração visível mais depressa. Útil definir 60 segundos durante uma migração.
TTL médio ou longo reduz consultas aos autoritativos, ideal para serviço estável.
Reduza o TTL algumas horas antes da mudança e volte a aumentá-lo ao terminar.
Para saber
TTL não garante propagação instantânea. As caches respeitam a duração indicada. A atualização surge quando o contador chega a zero no resolvedor.
No ápice de um domínio publicam-se registos A. Colocar um CNAME nesse ponto não cumpre a RFC.
Para www pode usar A quando controla a morada IP; caso contrário, prefira CNAME apontando para um nome gerido pelo fornecedor.
Para outros subdomínios (api, cdn, blog) use CNAME, A ou AAAA. Cada serviço pode ter morada própria, simplificando alterações.
Evite
Misturar A e CNAME no mesmo nome.
Publicar moradas privadas numa zona pública.
Deixar um registo A antigo após migração.
Um lookup DNS online permite introduzir o nome e obter a lista de moradas IPv4 associadas ao registo A com o TTL visto na Internet. É o primeiro passo; em seguida faça um teste local.
O Windows inclui o comando nslookup.
nslookup
set q=a
www.exemplo.com
nslookup
set q=a
server 1.1.1.1
www.exemplo.com
A primeira consulta utiliza a configuração local. A segunda força o uso de um resolvedor externo (Cloudflare no exemplo).
Nestes sistemas o comando dig é prático.
dig a www.exemplo.com
dig a www.exemplo.com @1.1.1.1
Múltiplas moradas indicam distribuição simples de tráfego.
TTL restante elevado pode justificar atraso após alteração.
Resposta vazia ou erro de resolução aponta para erro de entrada ou morada retirada cedo demais.
- Preparar o novo servidor com a nova morada.
- Reduzir o TTL para 300 ou 60 segundos umas horas antes.
- Substituir a morada antiga pela nova no momento previsto.
- Verificar com
nslookup ou dig a partir de várias redes. - Aumentar o TTL para um valor confortável quando tudo estiver estável.
Dica prática
Mantenha uma folha de acompanhamento para cada nome com responsável, data, TTL e motivo. Este rasto evita esquecimentos e facilita um eventual rollback.
Use CNAME para www para seguir o fornecedor e mantenha um registo A no ápice.
Publique várias moradas próximas dos visitantes. O resolvedor local escolhe uma IPv4 da lista. Para roteamento geográfico precisa de funções avançadas em DNS ou na aplicação.
O registo A publica a IPv4 do servidor de email. O PTR inverso reforça a entregabilidade. Ambos devem corresponder, e a atualização não é automática nos dois sentidos.
- Se o site não responde, verifique primeiro a resolução local.
- Se surgir uma morada privada, corrija a zona pública.
- Se a resposta alterna entre duas moradas e uma está inoperante, remova a problemática.
- Se a resposta mantém o valor antigo, aguarde o TTL expirar e limpe a cache local se puder.
Em resumo, um registo A associa um nome a uma morada IPv4. O TTL controla o tempo em cache. Várias moradas ajudam a distribuir tráfego mas não implementam failover. CNAME não coexiste com A no mesmo nome. O ápice publica registos A. Confirme online e depois com nslookup (Windows) ou dig (Linux/macOS).
Com estas orientações a gestão torna-se simples, as mudanças decorrem sem stress e os visitantes acedem ao site sem incidentes.