Um registo PTR estabelece a correspondência inversa: de uma morada IP para um nome de host. É usado em logs, diagnósticos de rede e mensageria. Para chegar a uma morada utilizamos A ou AAAA; para voltar a um nome usamos PTR.
Contém nome, tipo, objetivo e TTL. O TTL controla o tempo em cache no resolvedor local.
| Nome | Tipo | Objetivo | TTL (s) |
|---|
| 10.113.0.203.in-addr.arpa. | PTR | mail.exemplo.net. | 3600 |
O nome corresponde à morada 203.0.113.10 escrita ao contrário na zona in-addr.arpa. O objetivo é o hostname desejado.
| Nome | Tipo | Objetivo | TTL (s) |
|---|
| 0.1.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.8.b.d.0.1.0.0.2.ip6.arpa. | PTR | host.exemplo.net. | 3600 |
Cada nibble hexadecimal de 2001:db8::10 é invertido na zona ip6.arpa. O objetivo é o hostname associado.
Boas práticas exigem que o nome devolvido pelo PTR resolva novamente na morada original via A ou AAAA. Esta coerência ajuda a entregabilidade e investigações.
TTL curto acelera mudanças de nome; útil ao trocar de morada.
TTL médio/longo reduz consultas para configurações estáveis.
Reduza o TTL antes de alterar o PTR e aumente após validação.
Nota
Uma morada deve publicar apenas um PTR relevante. Múltiplos nomes para a mesma morada criam ambiguidade. Prefira um hostname claro que resolva em A/AAAA.
Na zona inversa controlada pelo titular da morada. Para IPv4 usa-se in-addr.arpa; para IPv6, ip6.arpa. Em blocos atribuídos por operadores, a gestão costuma ser feita no painel do fornecedor.
Evite
Apontar PTR para nome sem A/AAAA.
Manter nomes antigos após alteração de morada.
Usar nome genérico pouco informativo.
Lookup DNS permite introduzir uma morada e ver o nome devolvido e o TTL observado. Depois teste localmente.
nslookup
set q=ptr
10.113.0.203.in-addr.arpa
ou simplesmente
nslookup 203.0.113.10
Para resolvedor específico:
nslookup
set q=ptr
server 1.1.1.1
10.113.0.203.in-addr.arpa
dig ptr 10.113.0.203.in-addr.arpa
dig ptr 10.113.0.203.in-addr.arpa @1.1.1.1
Para IPv6 utilize a forma ip6.arpa correspondente.
Resposta NXDOMAIN indica ausência de PTR — adicione-o. Nome que não resolve em A/AAAA revela incoerência. TTL elevado explica atraso pós-alteração.
- Confirmar com o fornecedor quem gere a zona inversa.
- Escolher hostname descritivo que resolva em A/AAAA para a morada.
- Criar o PTR com TTL reduzido.
- Validar com nslookup ou dig a partir de várias redes.
- Aumentar o TTL após estabilização.
Dica prática
Para email, alinhe PTR, nome apresentado pelo servidor SMTP e registo A/AAAA correspondente. Melhora a reputação.
Requer PTR dedicado e coerente com A/AAAA do servidor.
Solicite a delegação inversa ou utilize a interface fornecida para gerir PTRs.
Automatize criação/remoção do PTR quando as instâncias sobem ou descem.
- Se uma ligação for rejeitada, verifique existência e coerência do PTR.
- Se valor antigo persistir, aguarde o TTL expirar e limpe caches controladas.
- Se o operador gere a zona, abra ticket indicando morada e hostname desejado.
Em resumo, um registo PTR fornece o nome associado a uma morada e complementa A/AAAA. Ajustar o TTL e manter coerência bidirecional simplifica verificações. Utilize ferramentas online e nslookup/dig para garantir identificação correta na resolução inversa.